O PETAR (Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira) é o local para a prática de esportes radicais como rapel, bóia cross, cascading, bike, trekking, mas sem dúvida as suas grandes atrações são as cavernas. O Parque está localizado na região mais isolada do Estado de São Paulo, que é o Vale do Ribeira. Saindo de São Paulo de carro, você rodará mais de 300 km. Existem duas opções, ou pela Castelo Branco ou pela Régis Bittencourt. Para quem sai da capital, o melhor é pegar a Régis, já quem vem pela região oeste do interior paulista, é melhor seguir pela Castelo. O PETAR está localizado entre as cidades de Apiaí e Iporanga, onde há mais de 300 cavernas, dezenas de cachoeiras, trilhas, comunidades tradicionais, quilombolas, sítios arqueológicos e paleontológicos.
Caminho para Iporanga/ PETAR
Chegar ao PETAR não é tão fácil. Utilizando um mapa, GPS ou até mesmo indo de ônibus, é só seguir o itinerário; acontece que depois de sair das grandes rodovias, passa-se por cidades muito pequenas, que até parecem que estão abandonadas, como Iporanga e Eldorado. Até aí tudo bem, já que são cidades interessantes, com aquele estilo de vida interiorano que não se encontra mais nas outras regiões do estado. O cuidado que se deve tomar é com relação às estradas que estão esburacadas e que correm paralelamente ao Rio Ribeira, mas na verdade isto torna a viagem ainda mais interessante. Sem contar com cerca de 15km de estrada de terra depois de Iporanga. A estrada está em boas condições, mas todo o cuidado é pouco, já que em certos trechos o rio está correndo lá embaixo. Quando nós fomos, era época de muita chuva e havia pequenos pontos de deslizamentos na estrada, confesso que a sensação não era muito agradável.
Rio Ribeira
O que impressiona neste rio é o seu tamanho e a sua força. É lógico que não dá para se comparar com um Rio Amazonas, mas dá para perceber o quanto esse rio caudaloso influenciou e continua influenciando a vida das pessoas na região.
Sede da administração da Caverna do Diabo
A Caverna do Diabo é parada obrigatória antes de chegar aos Núcleos. Alguns podem dizer que ela não tem nada de selvagem, que é voltada pro turista de massa, mas mesmo assim ela continua maravilhosa e é interessante para aquelas pessoas que não teriam condições de conhecer uma caverna sem as mínimas adequações.
Face do Diabo
Netuno
Caverna Santana e o cavalo
Caverna Santana, o teatro.
Caverna Ouro Grosso tem um rio subterrâneo.
Conhecer as cavernas foi uma experiência fantástica, pois a caminhada exige mais dos nossos sentidos. Quando se faz uma caminhada considerada difícil, a preocupação é com a resistência física, dores no corpo e alimentação. Dentro de uma caverna, temos que lidar com o silêncio, quebrado apenas pela correnteza da água, com a nossa visão que se torna limitada às pequenas lanternas e a sensação de umidade que refresca o nosso corpo, mais até que o nosso suor. Porém, antes de pegar a sua mochila e zarpar para o PETAR, ligue com antecedência para a administração do parque para saber das condições das cavernas, ou seja, se estão abertas. Em dias de muita chuva, eles costumam fechá-las por motivo de segurança. Outra dica importante, você não pode entrar nas cavernas sem a presença de um guia autorizado pelo parque. Então, procure um guia que seja responsável, converse antes e preste bastante atenção para não por a sua vida em risco porque caminhar numa caverna é muito diferente do que caminhar na mata. Já imaginou se você sofrer uma queda e quebrar uma perna ou um braço dentro de uma caverna e ainda por cima estiver sozinho? Mesmo acompanhado por uma única pessoa, o socorro ou resgate dentro de uma caverna é muito mais complicado. Só para se ter uma ideia, visitamos a caverna Ouro Grosso e caminhamos por um rio que passa por dentro da caverna com água pela cintura; até aí tudo bem, existem outras cavernas em que se caminha com água até o pescoço, mas neste dia especificamente, a correnteza estava muito forte e é importante que você sinta segurança quando o guia te diz que não há perigo em entrar naquela corredeira. Fora isso, aproveite porque os riscos existem é verdade, mas são mínimos. Para quem gosta de aventura, cachoeiras, trilhas, rapel ou até mesmo uma simples contemplação, é imperdível!
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